Bater em criança é crime? Veja o que diz a lei

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Não existem dúvidas de que educar uma criança é uma tarefa desafiadora. São muitas responsabilidades que exigem muito das famílias. Portanto, é importante entender que certas práticas educativas, como bater em crianças, estão sujeitas a leis e regulamentações específicas.  | + Encontre bolsas de estudo para o ensino básico

Neste artigo, vamos explorar o que diz a legislação brasileira sobre o assunto, destacando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e também discutir outras alternativas para promover uma educação saudável e construtiva, como a educação positiva. Continue a leitura!

O que diz a Lei e o ECA?

Primeiramente, é fundamental compreender que bater em crianças é considerado crime de acordo com a legislação brasileira. O ECA, instituído pela Lei nº 8.069/1990, estabelece os direitos e deveres das crianças e adolescentes, bem como as responsabilidades da família, da sociedade e do Estado em relação a eles.

De acordo com o artigo 18 do ECA, é dever de todos assegurar à criança e ao adolescente o direito ao respeito, à liberdade, à dignidade e à integridade física, psíquica e moral, sem qualquer forma de violência ou punição cruel, de acordo com a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

Além disso, o artigo 17 do ECA estabelece que a criança e o adolescente têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina ou educação.

Portanto, é claro que a legislação brasileira reforça a proibição do uso de violência física como método de educação ou disciplina para crianças e adolescentes.

Quais as consequências de bater em criança?

De acordo com Irene Gaeta, membro da Associação Internacional de Psicologia Analítica (IAAP), são muitas as consequências de bater em crianças. As principais que a psicóloga lista são:


  • Ansiedade;

  • Transtornos depressivos;

  • Baixo desempenho na escola

  • Comportamento agressivo e violento;

  • Síndrome do pânico;

  • Quadros depressivos.

Educação Positiva: Alternativas para uma Abordagem Construtiva

Diante da proibição legal de bater em crianças e adolescentes, surge a necessidade de adotar abordagens educativas mais positivas e eficazes. A educação positiva é uma dessas alternativas, baseada no respeito mútuo, na comunicação não violenta e no estabelecimento de limites de forma respeitosa e construtiva.

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Aqui estão algumas dicas e princípios-chave da educação positiva que podem ser aplicados no cotidiano familiar:

  1. Comunicação Efetiva: Estabeleça um diálogo aberto e respeitoso com a criança, ouvindo suas necessidades e sentimentos, e expressando os próprios de forma clara e assertiva.

  2. Estabelecimento de limites: Defina limites e regras de forma clara e consistente, explicando os motivos por trás deles e envolvendo a criança na definição de consequências apropriadas.

  3. Reforço Positivo: Reconheça e elogie comportamentos desejáveis do seu filho, incentivando a repetição desses comportamentos através do reforço positivo.

  4. Modelagem de Comportamento: Ser um modelo positivo para a criança, demonstrando comportamentos respeitosos, empáticos e assertivos em todas as interações.

  5. Resolução de Conflitos: Ensine habilidades de resolução de conflitos, promovendo o diálogo e a negociação como formas construtivas de lidar com desentendimentos.

  6. Empatia: Cultivar a empatia e a compreensão das necessidades e sentimentos da criança, reconhecendo sua individualidade e valorizando suas contribuições para a família e a comunidade.

  7. Autocontrole e Autodisciplina: Promover o desenvolvimento do autocontrole e da autodisciplina na criança, incentivando-a a identificar e gerenciar suas emoções de forma saudável e construtiva.

Como vimos, bater em crianças é crime de acordo com a legislação brasileira, e o ECA reforça a proibição do uso de violência física como método de educação ou disciplina. Ao invés disso, troque por essas práticas de educação positiva.

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